Ansiedade de Separação
Após um longo período de confinamento domiciliário a que estivemos sujeitos devido ao estado de emergência nacional, alguns de nós vão recomeçar as suas atividades profissionais (certamente que cumprindo todas as indicações dadas pelo governo e pelas entidades de saúde tendo em vista a redução dos casos de COVID-19 e a retoma económica do nosso país). Esse período de confinamento domiciliário, apesar de exigente, permitiu-nos, na maioria dos casos, passar mais tempo em família, com aqueles que nos são mais próximos, o que no período anterior ao início desta pandemia, era coisa rara. O tempo passado em família é sem sombra de dúvida um dos aspetos positivos que podemos retirar deste período menos favorável que estamos a atravessar. É difícil nos dias de hoje encontrar uma família da qual não faça parte um animal de companhia, por isso, é importante e recomendável que todas as pessoas que vão retomar a sua atividade profissional e que têm um animal de companhia no seu seio familiar estejam atentas ao comportamento do seu animal de companhia durante a fase da sua retoma laboral, pois o seu animal de companhia pode entrar num processo de ansiedade de separação devido à sua ausência. É de salientar que este problema comportamental é mais comum nos cães (estima-se que cerca de 15% dos cães sofram de ansiedade de separação) mas também se pode manifestar em gatos, ou noutros animais de companhia. Os principais sinais apresentados por animais que sofrem de ansiedade de separação, nomeadamente em cães, são: arfar, salivar, vocalizar (ladrar, uivar), urinar/defecar inapropriadamente, destruir… Atualmente existem vários tipos de tratamentos (nomeadamente: comportamental e farmacológico) com sucesso.
Assim sendo, se tem um animal de companhia e se vai reiniciar a sua atividade profissional, esteja atento. Se verificar que o seu animal de companhia apresenta um comportamento muito diferente do habitual (tendo em conta que há animais que por natureza são mais agitados, outros mais calmos, outros mais carentes…) evidenciando alguns dos sinais referidos anteriormente, de forma persistente e continuada… peça a opinião do seu veterinário.
Com este artigo não se pretende alarmar, mas sim informar e sensibilizar para esta problemática.